Segundo o entendedor Maurício Cerginer, nos últimos anos, o mercado de aluguel de curto prazo tem se expandido de forma expressiva em Portugal, especialmente em cidades turísticas como Lisboa e Porto. Com o crescimento do turismo e a facilidade de plataformas como o Airbnb, esse modelo de hospedagem tem atraído tanto viajantes internacionais quanto locais. No entanto, o impacto dessa expansão vem gerando debates sobre o equilíbrio entre a oferta de acomodações para turistas e a demanda por moradia residencial.
Saiba mais como esse mercado tem evoluído e os desafios enfrentados.
Como o aluguel de curto prazo tem se expandido em Lisboa?
Lisboa, a capital de Portugal, tem experimentado um crescimento significativo no número de propriedades destinadas ao aluguel de curto prazo. A cidade atrai turistas de todo o mundo, interessados em sua rica história, cultura vibrante e clima agradável. Como alude Maurício Cerginer, com o surgimento de plataformas como Airbnb, muitos proprietários viram uma oportunidade de obter rendimentos extras ao disponibilizar suas casas ou apartamentos por curtos períodos.
Esse modelo tem se mostrado vantajoso para os viajantes, que encontram maior variedade de opções a preços acessíveis. No entanto, a alta demanda por hospedagens temporárias também tem impactado o mercado imobiliário local, reduzindo o número de unidades disponíveis para moradia de longo prazo e gerando conflitos em bairros tradicionais, que antes eram destinados à residência permanente.
Quais são os impactos desse mercado nas cidades turísticas como Porto?
No Porto, a segunda maior cidade de Portugal, o cenário é muito similar ao de Lisboa. De acordo com Maurício Cerginer, a popularidade turística da cidade tem levado ao aumento do número de propriedades disponíveis para aluguel de curto prazo. O centro histórico, que carrega um charme único, tornou-se um dos destinos preferidos por turistas que buscam vivenciar a autenticidade local.
No entanto, essa expansão também levanta preocupações sobre o esvaziamento de moradores tradicionais. Locais que antes residiam em áreas centrais agora encontram dificuldade para encontrar imóveis acessíveis, enquanto muitas propriedades são convertidas em unidades turísticas. Além disso, os moradores enfrentam o desafio de convivência com o movimento constante de turistas, que muitas vezes não respeitam a cultura e as regras locais.
Quais são os desafios enfrentados pelo mercado de aluguel de curto prazo em Portugal?
Um dos principais desafios é o desequilíbrio gerado entre a oferta para turistas e a demanda por moradia. Em cidades como Lisboa e Porto, essa situação tem levado à valorização excessiva dos imóveis, tornando o mercado residencial menos acessível para a população local. Além disso, muitos bairros históricos estão sofrendo transformações significativas, com o surgimento de estabelecimentos comerciais voltados ao turismo em detrimento da vida comunitária.
Outro ponto delicado é a fiscalização e a regulamentação. Apesar dos esforços para controlar o número de unidades disponíveis para aluguel de curto prazo, ainda há uma grande quantidade de imóveis que operam sem licenciamento adequado. Como demonstra Maurício Cerginer, isso gerou situações de concorrência desleal e aumento da informalidade no setor, dificultando o controle por parte das autoridades.
Por fim, o mercado de aluguel de curto prazo em Portugal, especialmente em cidades turísticas como Lisboa e Porto, tem trazido oportunidades tanto para turistas quanto para proprietários. Para o conhecedor Maurício Cerginer, é fundamental buscar um equilíbrio que permita o desenvolvimento sustentável desse modelo de hospedagem, garantindo que as comunidades locais continuem a ter acesso a moradias dignas e que o turismo se traduza em benefícios para a população como um todo.