Segundo a Dra. Dayse Ketren Souza, a esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central, prejudicando então a comunicação entre o cérebro e o restante do corpo. Essa condição pode trazer uma série de desafios para quem convive com ela, afetando tanto a saúde física quanto emocional. Apesar de ser uma doença com sintomas variados, que se manifestam de forma imprevisível, é possível, com o devido suporte e adaptações, levar uma vida plena e satisfatória.
Nas próximas linhas deste texto, exploraremos como lidar com os desafios diários da esclerose múltipla, oferecendo dicas de adaptação, suporte emocional e a importância do acompanhamento médico.
Quais são os desafios diários de quem convive com a esclerose múltipla?
Conviver com a esclerose múltipla pode envolver desafios físicos e emocionais. Entre os sintomas mais comuns estão a fadiga extrema, dificuldades de mobilidade e problemas de visão. Esses sintomas podem afetar significativamente a rotina diária, tornando atividades simples, como subir escadas ou até mesmo se vestir, um grande desafio. Além disso, a imprevisibilidade da doença, com surtos que podem surgir sem aviso, adiciona uma camada extra de ansiedade ao dia a dia.
Um obstáculo importante que Dayse Ketren Souza menciona é a gestão da fadiga, que muitas vezes não pode ser aliviada com simples repouso. Pessoas com EM podem sentir-se exaustas de forma contínua, o que interfere em sua produtividade no trabalho ou estudos, além de afetar o lazer e a vida social. Portanto, superar esses desafios exige uma abordagem cuidadosa e adaptativa para equilibrar as demandas físicas e emocionais da vida cotidiana.
Quais dicas podem ajudar na adaptação do dia a dia?
A adaptação à esclerose múltipla envolve mudanças simples, como o uso de dispositivos de apoio, ou até mesmo cadeiras de rodas, ou andadores, que ajudam na mobilidade. Além disso, organizar a casa para prevenir quedas, com tapetes antiderrapantes e barras de apoio, é crucial. Também é importante ajustar a rotina, fazendo pausas frequentes e adaptando horários para melhorar o conforto e a funcionalidade.

Outro ponto importante é a prática de exercícios físicos moderados, que, com o acompanhamento de profissionais, podem melhorar a força muscular e a mobilidade. Atividades como natação e yoga são altamente recomendadas, pois ajudam na flexibilidade e no controle do estresse, além de promoverem o bem-estar geral. A Dra. Dayse Ketren Souza também orienta que manter uma alimentação equilibrada também é essencial, pois contribui para uma saúde mais robusta e menos vulnerável aos efeitos da doença.
Como o suporte emocional pode impactar a qualidade de vida?
Lidar com a esclerose múltipla também exige um apoio emocional significativo. A aceitação da condição pode ser difícil, e o estigma social em torno de doenças invisíveis muitas vezes agrava o isolamento. Por isso, é essencial buscar grupos de apoio, tanto online quanto presenciais, para compartilhar experiências e receber orientação emocional. O contato com outras pessoas que enfrentam a mesma condição pode reduzir a sensação de solidão e ajudar na construção de estratégias de enfrentamento.
Além disso, o suporte familiar e social é crucial. Dayse Ketren Souza explica que ter familiares e amigos que compreendem as limitações e oferecem apoio emocional pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida. A terapia psicológica também é altamente recomendada, pois ajuda a lidar com as emoções geradas pela doença, como frustração, ansiedade e depressão. Logo, o apoio emocional é um pilar fundamental para manter o equilíbrio mental e, assim, melhorar a adaptação à esclerose múltipla.
Qual é a importância do acompanhamento médico contínuo?
O acompanhamento médico contínuo é essencial para controlar a esclerose múltipla. Consultas regulares com neurologistas e outros especialistas garantem o monitoramento dos sintomas e ajustes no tratamento. Medicações imunomoduladoras podem reduzir surtos, enquanto terapias aliviam dor e espasticidade. Além do mais, exames periódicos permitem identificar complicações precoces e prevenir a progressão da doença.
É essencial que as pessoas com esclerose múltipla sigam um plano de tratamento personalizado, que leve em consideração não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e psicossociais. A Dra. Dayse Ketren Souza então frisa que a colaboração entre paciente e médico é crucial para garantir que o tratamento seja o mais eficaz possível e que o paciente se sinta apoiado em todas as etapas de sua jornada.
Enfrentando a esclerose múltipla com resiliência e adaptação
Em resumo, Dayse Ketren Souza deixa claro que conviver com a esclerose múltipla demanda paciência, flexibilidade e resiliência. Apesar dos desafios, com as estratégias adequadas, é possível manter uma boa qualidade de vida. Logo, a adaptação diária, o suporte emocional e o acompanhamento médico contínuo são essenciais. Por fim, com o suporte necessário, é possível não apenas enfrentar, mas também superar as dificuldades da doença.
Autor: Mikesh Tok