O empresário e fundador, Aldo Vendramin, elucida que o agronegócio passou por um processo de profissionalização acelerada nas últimas décadas, e a gestão ambiental deixou de ser um conceito associado a boas práticas voluntárias para se tornar requisito estratégico de operação. O avanço das legislações, a pressão do mercado consumidor, a demanda por rastreabilidade e as metas globais de descarbonização transformaram o gerenciamento ambiental da fazenda em parte central da competitividade e do acesso a mercados.
A adoção de políticas ambientais deixou de ser vista apenas como medida de reputação e passou a impactar diretamente contratos, financiamentos, certificações e permanência em cadeias de exportação. Não se trata de uma agenda isolada, mas de um novo modelo de condução da atividade rural alinhado à sustentabilidade, eficiência operacional e conformidade regulatória.
Venha neste artigo compreender porque uma boa gestão se sobressai e continuará se sobressaindo no mercado e nas documentações nos próximos anos!
O que caracteriza a gestão ambiental no campo?
Gestão ambiental não é um conjunto fragmentado de ações. Ela representa um sistema de controle, registro e planejamento dos impactos e das práticas que envolvem a operação rural. Tal como apresenta o senhor Aldo Vendramin, a gestão ambiental eficiente contempla aspectos legais, técnicos, sociais e produtivos, atuando tanto na prevenção quanto na mitigação de impactos e na promoção de resultados.

A implementação envolve direcionamento estratégico, monitoramento contínuo e organização documental. O objetivo é comprovar conformidade, demonstrar desempenho e sustentar a viabilidade econômica e ambiental da atividade.
Por que a gestão ambiental tornou-se obrigatória na prática?
A exigência por gestão ambiental não surgiu apenas da pressão legislativa. A transformação ocorre por uma combinação de fatores que se somam na estrutura de mercado e exigem resposta rápida do setor produtivo. Entre os principais pontos estão:
- Expansão das metas climáticas globais: Países e blocos econômicos vinculam acordos comerciais a metas de descarbonização e preservação.
- Fortalecimento de barreiras não tarifárias: Produtos podem ser impedidos de entrar em determinados mercados por não comprovar conformidade ambiental.
- Regulação e fiscalização mais rigorosas: O uso de tecnologias tornou o monitoramento territorial mais preciso e constante.
- Valorização de produtos sustentáveis: Consumidores atribuem valor financeiro à origem responsável e rastreável.
- Acesso a linhas de crédito e financiamento: Bancos e investidores condicionam operações à adoção de indicadores ambientais.
- Competitividade no mercado interno e externo: A conformidade reduz riscos, amplia oportunidades e melhora reputação.
A somatória desses vetores desloca a gestão ambiental do campo das tendências para o dos requisitos. Aldo Vendramin explica que não se trata de acompanhar um movimento, mas de integrar a sustentabilidade ao processo produtivo como elemento de gestão.
Como a gestão ambiental impacta a operação e os resultados?
A implementação de políticas ambientais interfere diretamente na eficiência produtiva. Práticas de manejo adequado, recuperação de áreas degradadas, melhor uso de água e solo e integração de tecnologias de monitoramento reduzem perdas e ampliam rendimento. O impacto aparece no curto prazo, pela redução de desperdícios, e no longo prazo, pela preservação da capacidade produtiva da área.
A organização documental é outro fator crucial, visto que, sem registro não há conformidade, e sem conformidade não há certificação. Sistemas de gestão, softwares e bancos de dados permitem armazenar, acompanhar e apresentar informações de forma ágil e segura.
A gestão ambiental fortalece a percepção de valor da propriedade, informa o senhor Aldo Vendramin, isso porque, a conformidade abre portas para contratos, parcerias e condições diferenciadas de negociação, enquanto a ausência de comprovação pode representar risco comercial significativo.
O papel da tecnologia na consolidação da gestão ambiental
A tecnologia tornou o controle e o monitoramento mais acessíveis. Sensores, sistemas de rastreabilidade, medição de emissões, drones, imagens de satélite e plataformas digitais integradas auxiliam os produtores na apuração de dados e na tomada de decisão. A digitalização da operação rural consolidou o conceito de gestão ambiental como ferramenta de governança, destaca Aldo Vendramin.
Outro ponto é a capacidade de auditar informações, dado que, certificações, financiamentos e contratos exigem comprovação, e a tecnologia elimina a subjetividade. Ela permite medir, registrar e comunicar resultados de maneira padronizada e transparente.
Como transformar e implementar para se sobressair?
A gestão ambiental se estabeleceu como elemento central do agronegócio moderno, resume Aldo Vendramin. A profissionalização, a pressão regulatória e a evolução do mercado consumidor tornaram essa prática essencial para a permanência e o crescimento de propriedades no Brasil e no exterior.
Produtores rurais que compreendem essa transformação incorporam sustentabilidade e governança ao planejamento, à operação e ao relacionamento comercial. Aqueles que se antecipam às exigências ampliam competitividade, diversificam oportunidades e constroem reputação sólida no mercado nacional e internacional. O futuro do agronegócio exige gestão integrada, controle, planejamento e responsabilidade ambiental como fundamentos operacionais.
Autor: Mikesh Tok