Paulo Twiaschor explica que a aplicação de gêmeos digitais em edificações corporativas está transformando a gestão predial. O conceito de digital twin consiste em criar uma réplica virtual de um ativo físico, atualizada em tempo real com dados coletados por sensores e sistemas de monitoramento. Essa tecnologia permite acompanhar o desempenho da edificação, antecipar falhas e planejar manutenções de forma preditiva, aumentando a eficiência e reduzindo custos operacionais.
A grande vantagem é a integração entre mundo físico e digital. Cada sistema do edifício (climatização, iluminação, elevadores ou segurança) é conectado ao modelo virtual, que reflete fielmente o funcionamento do ativo. Isso cria um ecossistema de gestão inteligente, em que falhas potenciais são detectadas antes de se tornarem problemas críticos, assegurando a continuidade das operações corporativas.
Gêmeos digitais como base para a manutenção preditiva
Conforme evidencia Paulo Twiaschor, a manutenção preditiva só se torna viável com dados precisos e análise constante. O digital twin atua como centralizador dessas informações, reunindo indicadores de vibração, consumo de energia, temperatura e desempenho de equipamentos. Algoritmos de inteligência artificial processam esses dados e identificam padrões que sinalizam anomalias futuras, permitindo intervenções programadas e evitando paradas inesperadas.

Esse modelo de manutenção reduz custos diretos e indiretos. Ao evitar falhas súbitas, diminui-se a necessidade de reparos emergenciais, que geralmente têm valores mais altos. Além disso, garante maior vida útil dos equipamentos e melhora a previsibilidade dos investimentos em infraestrutura, o que fortalece a gestão estratégica de ativos.
Eficiência energética e sustentabilidade em prédios corporativos
Paulo Twiaschor observa que a integração de gêmeos digitais também impulsiona a eficiência energética em edifícios corporativos. O monitoramento contínuo permite identificar áreas com desperdício, como climatização excessiva, iluminação desnecessária ou falhas em sistemas de automação. A partir disso, gestores ajustam parâmetros para reduzir o consumo, sem comprometer o conforto dos usuários.
Esse ganho em sustentabilidade contribui diretamente para metas ambientais e certificações como LEED e WELL. Além da economia financeira, os edifícios passam a operar de maneira mais responsável, alinhando-se às práticas ESG que o mercado valoriza. O resultado é maior atratividade para investidores e inquilinos que priorizam espaços eficientes e de baixo impacto ambiental.
Integração com BIM e IoT para gestão avançada
Paulo Twiaschor destaca que a conexão entre digital twin, BIM e IoT amplia ainda mais as possibilidades. O BIM fornece o modelo tridimensional detalhado da edificação, enquanto a IoT disponibiliza dados coletados por sensores instalados nos equipamentos. O gêmeo digital integra essas duas camadas, transformando-as em uma plataforma de gestão robusta e dinâmica.
Com isso, é possível simular cenários futuros, como aumento da ocupação, mudanças climáticas ou expansões estruturais. Essa previsibilidade facilita o planejamento de longo prazo, reduz incertezas e garante decisões mais embasadas. Assim, gestores corporativos não apenas resolvem problemas atuais, mas também se preparam para desafios futuros.
Transparência e tomada de decisão estratégica
Paulo Twiaschor acrescenta que os gêmeos digitais favorecem também a transparência na gestão de ativos. Relatórios gerados automaticamente consolidam dados de desempenho e manutenção, fornecendo uma visão clara para administradores, investidores e órgãos reguladores. Essa visibilidade fortalece a governança corporativa, reduz conflitos contratuais e contribui para o cumprimento de exigências legais e ambientais.
A tomada de decisão se torna mais ágil e confiável, pois não depende apenas da experiência dos gestores, mas é amparada por informações atualizadas e auditáveis. Isso reforça a segurança das escolhas estratégicas, especialmente em operações complexas, que envolvem múltiplos fornecedores e altos investimentos.
O futuro da gestão predial com gêmeos digitais
Paulo Twiaschor reforça que os gêmeos digitais devem se consolidar como padrão na gestão de edifícios corporativos. A redução de custos de sensores e softwares, aliada à maior exigência por eficiência e sustentabilidade, acelera a adoção dessa tecnologia. Empresas que investirem em digital twin estarão à frente, capazes de entregar ambientes mais seguros, eficientes e competitivos.
Autor: Mikesh Tok